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Festivais de Convivência com o Semiárido.
DIVERSAS ABORDAGENS

O Festival de Convivência com o Semiárido é um evento educativo e comemorativo, que vem por meios festivos desenvolver temas voltados à cultura regional e a produção agropecuária. A festa da agricultura familiar regional iniciou como uma comemoração do dia do lavrador, como forma de estímulo e incentivo para pequenos (as) agricultores (as) rurais a fim de trazer o debate, o conhecimento e a autoestima para o setor e seus membros, uma atividade intercalada à vida, cotidiano, alimentação e sustentação das próprias famílias. Luta-se pelo reconhecimento da Agricultura Familiar.

Com o passar do tempo e a intensificação das atividades voltadas à Convivência com o Semiárido, como também, devido ao sucesso e adesão das comunidades rurais ao festival, procurou-se construir a amplitude deste potencial de comunicação. Assim, os temas dos festivais começaram a proclamar os principais ensinamentos e necessidade de convivência: armazenamento de água e ração animal, produtividade regional e a preservação ambiental, com resultados positivos na aplicação destes novos conhecimentos.

O primeiro Festival aconteceu em 1997, uma festa do lavrador que abordou o tema Silo e Feno como alternativa para os rebanhos. Os principais focos temáticos englobaram o meio ambiente: Preservação; aproveitamento/extrativismo sustentável, incentivando a preservação/plantio de árvores e campanhas contra as queimadas e tudo aquilo que fosse de encontro a tais pregações. Outra linha de ação está relacionada com a Importância da Organização Social para o Fortalecimento da Agricultura Familiar e acesso a Políticas Públicas, e afins: associativismo e cooperativismo e trabalhos comunitários e mutirões. O recaatingamento incentivou os agricultores a deixarem as árvores nativas crescerem e cuidarem da caatinga, a partir de um diálogo pautado na ideia de preservação da vida no semiárido. A desertificação - em seu sentido mais amplo - também foi trabalhada, por meio de um chamado para a preservação das espécies de plantas e de animais como principais causas da desertificação: desmatamento e poluição dos rios. O licuri, planta nativa do sertão, devido a sua importância histórica, econômica e social ganhou lugar nas campanhas do Festival e o alerta foi para a preservação que refletia na geração da renda. Outra questão abordada referiu-se ao Desenvolvimento Sustentável, uma vez que o trabalho e a renda é um desafio regional, evitando assim, as migrações e contribuindo para que as famílias permaneçam com dignidade na região. Mais uma vez, a demanda de trabalhar com a participação e organização social levou ao tema Povo Organizado, sociedade mais forte, que estimulou os mutirões, o associativismo, o cooperativismo, enfim, a união das comunidades em torno dos seus objetivos comuns, inclusive no que diz respeito à organização de caravanas para o dia do Festival. Devido ao uso exagerado de químicos observado e suas consequências para a saúde humana e ambiental, o tema Contra os agrotóxicos, a favor da vida alertou a região para danos trazidos pelo uso recorrente dos agrotóxicos, aplicados de forma incorreta e por vezes desnecessariamente, causando dependência na produção e trazendo sérios riscos para a saúde humana e ambiental do nosso meio e para a possibilidade da Produção Agroecológica, descartando a pura visão capitalista do lucro pelo lucro e englobando os princípios da vida nos âmbitos econômico, social e ambiental, apontando como saídas a utilização dos defensivos naturais, eficientes no controle das pragas e doenças e o fundo do quintal como espaço rico onde a família pode produzir de forma natural. O último tema trabalhado foi Realidade que temos, realidade que queremos, este debateu de forma muito próxima a problemáticas das estiagens, uma vez que em 2012 a região convivia com a mais longa dos últimos sessenta anos. Assim, foram feitos diagnósticos nas comunidades avaliando entre as famílias agricultoras as reservas de água e alimentos para os animais, a ações dos movimentos sociais e das esferas governamentais na prevenção e combate aos efeitos das estiagens e daí, levantando importantes reflexões sobre a necessidade de se aprender a conviver com a realidade, estocar e esperar as previstas estiagens sem maiores vulnerabilidades de perdas.

Todas essas abordagens são frutos de diagnósticos, de necessidades de levar informação, conhecimento e aproximar os agricultores familiares das novas tecnologias adaptáveis ao desenvolvimento regional, como também estimular a consciência da consonância existente entre social, econômico e ambiental para a manutenção da vida na terra. Serviram também para e erradicação da arcaica construção da impossibilidade de convivência nesta região, abrindo a perspectiva de convivência. A dinâmica de trabalho se voltou para o conhecimento intercalado à valorização da cultura local das comunidades, sendo possível verificar que mesmo diante da proximidade das comunidades atendidas, que ficam situadas em 08 municípios da região de Quixabeira, há uma rica diversidade cultural percebida com as apresentações que encheram os festivais de diversidade e crenças mantidas no passar do tempo, ensinamentos dos ancestrais e que por muitas vezes ficaram escondidos, engolidos e inibidos pelos meios de comunicação de massas: As piegas revelam grandes dançadores e a paixão que os homens tem em especial pela modalidade, já as cantigas de roda demonstram valores, especialmente, no campo do amor com as mulheres. As poesias e cordéis demonstram que a mensagem, a cada ano, fica nas comunidades. O Festival conta com a exposição de produtos de grupos comunitários, o que só aconteceu graças ao investimento do Conviver no sentido de capacitar as mulheres para a produção de artesanatos e alimentos processados utilizando matéria prima regional, hoje, com maior quantidade, variedade e qualidade dos produtos gerando renda e possibilidade de ocupação, principalmente para as mulheres.

A produção agropecuária não fica de fora, após um ano de Assistência Técnica e Extensão Rural nas comunidades com os agricultores, no final do ano é calculada a produção na área da caprinocultura leiteira, apicultura, armazenamento de ração: ensilagem e fenação, situação das propriedades no sentido da quantidade de árvores... A participação média do evento é de 1.500 pessoas, e a cada ano, percebe-se que este vem incentivando a diversidade, aumento, e qualidade da produção, fortalecendo o meio rural por meio de aprendizagens diferenciadas, como também difundindo potenciais de produção adaptáveis; favorece a participação e envolvimento dos agricultores nas discussões; Contribui para o aumento do nível de entendimento e informação dos agricultores familiares e para a mudança de hábitos relacionados à higiene, manejo dos rebanhos e do solo; envolvimento das famílias aos “temas novos”, relacionados principalmente a questão de sensibilização ambiental/ agroecologia e resgate juntamente com os agricultores (as), além da beleza folclórica da cultura local. Um marco dos eventos é a distribuição gratuita de mudas de plantas nativas e frutíferas em incentivo ao recaatigamento.

HISTÓRICO DOS FESTIVAIS

I – 25.07.1997: Festa do Lavrador - Silo e Feno;

II - Festival de Convivência com a Seca: 20.12.1998. Coloque sua fé e seu amor em ação. Feno e Silo, alternativa que salva seu rebanho!

III Festival de Convivência com a Seca: 19.12.1999: Preserve a Natureza – Evite queimadas, plante uma árvore;

IV Festival de Feno e Silo : 17.12.2000: Cooperativismo, uma alternativa para os pequenos;

V Festival de Feno e Silo: 16.12.2001: Feno e silo, uma alternativa para o rebanho;

VI Festival de Feno e Silo: 15.12.2002;

VII Festival de Feno, Silo e Água: 14.12.2003: Beba a água do teu poço e das correntes de tua cisterna. Provérbio 5,15

VIII Festival de Convivência com a Seca: 12 .12.2004 (Escola Família Agrícola de Jaboticaba);

IX Festival de Convivência no Semiárido : 17 e 18.12.2005: Recaatingamento: Tão Importante quanto plantar é conservar nossa caatinga. Conheça potencialidades que fazem do nordeste um lugar bom de viver.

X Festival de Convivência no Semiárido : 10.12.2006: Agricultura familiar e a preservação da vida no semiárido;

XI Festival de Convivência com o Semiárido – 16.12.2007: Ação contra a desertificação;

XII Festival Conviver : 14.12.22008. Licuri, preservar gera renda. O ouro verde do sertão;

XIII Festival de Convivência com o Semiárido: 06.12.2009: Desenvolvimento Sustentável – Trabalho e Renda, um desafio!

XIV Festival de Convivência com o Semiárido: 12.12.2010: Povo organizado, sociedade mais forte.

XV Festival de Convivência com oSemiárido :11.12.2011: Contra o agrotóxico, a favor da VIDA.

XVI Festival de Convivência com o Semiárido : 09.12.2012: Realidade que temos, realidade que queremos.


Resultados dos Festivais

• Fortalece a convivência no meio rural;

• Introduz diferentes dinâmicas de aprendizagem;

• Difunde potenciais de produção adaptáveis;

• Favorece a participação e envolvimento dos agricultores nas discussões;

• Contribui para o aumento do nível de entendimento e informação dos agricultores familiares;

• Contribui para a mudança de hábitos relacionados à higiene, manejo dos rebanhos e do solo;

• Envolvimento das famílias aos “temas novos”, relacionados principalmente a questão de sensibilização ambiental/ agroecologia;

• Resgate juntamente com os agricultores (as) da beleza folclórica e da cultura local.

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